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Este é o segundo artigo da série O design na comunidade. No primeiro artigo eu falei brevemente sobre como entrei no mundo do design gráfico.  Neste eu falo sobre um costumeiro motivo de frustração enquanto iniciantes e sobre uma manobra decisiva que nos faz prosperar rumo aos bons resultados em meio aos açoites de uma comunidade que ainda não compreende de fato o que é design gráfico.
Não há como ser confiante e imponente quando estamos desanimados e nada é mais desanimador para quem está iniciando que aquela especulação diminutiva que fazem no intuito de impor duvida sobre seu projeto, seu propósito ou ideia. Sabe aquela pergunta que te obriga a externar pontos minimamente, mas, negativos? Por exemplo: ‘E aí, já tá faturando? Quando vai comprar um carro novo? Esse negócio dá dinheiro mesmo? Já tem muitos clientes?…’ Por mais que tenhamos ao nosso lado pessoas que nos deem ‘aquele’ apoio moral, é inevitável se sentir sozinho e desorientado nesses momentos.
Comece fazer algo que goste muito e que além disso seja algo útil para o mundo ao seu redor, e perceberá uma atmosfera de dificuldades que o envolverá junto com seus esforços, lhe tornando cansado, lento, faminto, e duro. Sim, duro, sem grana!
Manter as contas em ordem se torna um desafio e a menos que tenha um patrocínio, ou alguém que te banque, você fatalmente se verá sem dinheiro e por isso será classificado como alguém que precisa de emprego; é ai que solidário e ingenuamente seus conhecidos te oferecem um. Mesmo depois de terminar os estudos é possível que não obtenha retorno financeiro imediato, e isso o classificará, como desocupado ou mal sucedido. Mas não se preocupe, isso é passageiro, portanto continue.

O design gráfico é uma atividade que, como tantas outras, não oferece resultados financeiros relevantes logo no inicio e isso é absolutamente aceitável embora um tanto frustrante. Mas existe sobre essa atividade uma particularidade que é acentuada apenas em atividades pouco conhecidas pela população. É a descrença das pessoas sobre se tratar de um trabalho tão importante quanto todos os outros.

Isso nos torna por um dado período do nosso inicio, obrigados a conviver com ofertas de emprego por parte de amigos, conhecidos e parentes que acham que passamos o dia todo na frente de um computador ou com um livro na mão porque estamos desempregados. Era corriqueiro chegar alguém em minha casa, perguntar por mim e quem respondia dizia que eu estava: ‘No quarto, na frente do computador’ e acrescentava dizendo que eu só vivia assim, agora!
Por mais que explique que está estudando e trabalhando através da internet (meu caso, optei pelo ensino a distancia) sempre lhe aconselharão a arranjar um emprego. Isso é frustrante e no mínimo desconfortável. Principalmente quando em uma roda de pessoas alguém pergunta o que você, logo você, está fazendo da vida.

Precisa mostrar resultados pessoais, mostrar que está ganhando dinheiro, ou conviver com  a ideia de alguém perguntar a sua mãe o que você faz da vida, ela dizer: “nada, só vive no computador!” Quando na verdade você está no computador criando um layout para um cartão de visitas, um flyer ou qualquer outra peça que, afim de fazer seu nome, vendera a preço de banana para um comerciante local.

Tudo isso acaba influenciando no nosso desempenho na hora de negociar com o cliente e as vezes acaba interferindo na auto-estima e prejudicando a absorção nos estudos. Precisamos estar confiantes para assim transmitir essa confiança e obter credibilidade por parte do cliente. Mesmo depois de ouvir e ler tantas vezes sobre isso, só dei atenção quando me vi contra a parede.

Em um dia comum em que eu saí para vender alguma coisa, entrei em um depósito de materiais para construção munido da minha pasta com amostras e meu LG C400. Sim, meu notebook, um LG! Esperava que fosse um mac?  Gostaria que fosse mas, sabe como é… não é? Alguém que está começando dificilmente tem grana pra comprar um.
Perguntei ao balconista sobre o responsável pela loja, ele apontou para um senhor que conversava com outros dois à ponta do balcão. Este quando percebeu que o balconista apontara para ele, logo se interessou em saber do que se tratava, foi onde eu como de costume, com aquela fala previamente ensaiada, me apresentei:
-Olá, tudo bem? Meu nome é Lourenço, Sérgio Lourenço (sim, com a mesma imponência do James Bond) eu trabalho com impressos e gostaria de mostrar… O cavalheiro me interrompe com um sorrisinho de canto: -Ah você vende cartõezinhos, é?

Juro, naquele momento eu senti uma áurea de sarcasmo e soube que ele não queria meu produto “cartãozinho” mas sim especular, apenas especular na tentativa de mostrar seu potencial de perspicácia diante de seus colegas. É a típica perguntinha que mesmo que não seja intencional, te desconcerta e se nessa hora você responde ‘sim’, acaba de concordar que seu serviço é uma ‘coisinha’ insignificante e portanto não merece muita atenção.

Mas eu já sabia que eu tinha um diferencial para oferecer, eu investi em conhecimento, eu não sou apenas mais um vendedor de panfletos ou ‘cartõezinhos’, eu sei resolver o problema de identidade visual do comerciante, eu sou solução!

De cartõezinhos à soluções gráficas

Foi automático, em segundos e sem ensaio algum eu respondi brandamente mas com uma firmeza crucial que até hoje eu levo comigo em minhas visitas a clientes: -Não só cartõezinhos, senhor; eu trabalho com soluções gráficas! ‘De imediato percebi um semblante de apreciação nos rostos dos outros dois cavalheiros’.

E continuei falando sobre os produtos que eu podia oferecer, frisei que eu era designer gráfico e podia além de impressos, fornecer consultoria relacionada a papelaria da loja entre outras soluções externas envolvendo desde os padrões visuais à posição dos displays de mostruário,  etc.

Para encurtar, eu saí de lá com a encomenda de 2.000 cartões, 10 blocos de pedido, criação de cupom promocional e a visita marcada para o dia seguinte à loja de móveis ao lado que pertencia a um dos cavalheiros que conversava no balcão, da qual fechei o serviço de faixada e alguns adesivos.

Há quem diga que foi pura sorte, mas eu acredito no argumento certo! Não há como prever quem aceitará ou o quê usará contra sua proposta, então é de vital importância que esteja convicto daquilo que pode oferecer como solução aos clientes e aprender a mostrar estas soluções de varias formas.

Um designer trabalha criando e intercalando padrões de comunicação, portanto a primeira coisa que tem que ter em mente para fazer valer seu trabalho, é que não poderá usar padrão para vender projetos. Cada cliente tem uma necessidade em particular e por isso merece uma atenção especial quanto a apresentação de propostas.

Haverá aqueles a quem só será preciso oferecer um cartão de visitas para conquistar toda a sua papelaria enquanto a outros que, para que  se consiga vender cartão, precisará abrir toda a sua pasta de amostras e lhe contar uma linda história que envolva o serviço e o ramo de atuação e afins.. Nada muito complicado depois que se sabe o que oferecer como solução.

Muitos clientes demonstram um leve desinteresse dependendo da forma que o trabalho é apresentado, enquanto outros se convencem de que você é um bom profissional pela forma que reage e atende a esse desinteresse. Os dois personagens citados acima gostaram da minha segurança quando resolvi explicar o que eu poderia fazer por eles(soube disso depois). Até hoje são meus clientes e me indicaram muitos outros.

Mas apesar de ter sido bem sucedido com esses clientes, o maior proveito que eu tirei dessa situação, foi a forma como valorizar e oferecer o meu serviço, conquistando e fidelizando clientes e aos poucos sair daquela maré de limitação financeira que vivia no inicio.

Hoje eu procuro antes de oferecer, sondar as aparentes necessidades do cliente, verificando o que posso resolver e o que eu não posso, como a pintura da faixada ou a instalação de toldo, luminoso e etc… Antes de ir ao cliente eu solicito um orçamento com um parceiro ou conhecido que faz esse serviço.

A partir daí, crio uma carta exclusiva de apresentação, muitas vezes com a inclusão de ilustrações direcionada para aquele cliente em especial onde eu explico antes de tudo o que é o conceito design gráfico, como ele é importante para o comércio e para a sociedade; explico inclusive que para um simples cartão de visitas exercer sua eficácia precisa estar sob as diretrizes de design apropriadas, o folheto e qualquer outro anuncio devem seguir linhas de comunicação… e sigo oferecendo as soluções aplicáveis a cada caso.

E assim eu vou ganhando espaço e aplicando design nas faixadas e na propaganda impressa aqui da minha região. Ainda há muito que se fazer nesse sentido, mas, ‘um passo por vez’ além de ser uma frase bem bacana e usual, é também garantia de que se caminhe com segurança, sem tropeçar nas próprias pernas.

Continue, não pare, não desista.

O mal inicio de carreira, a falta de credibilidade e as dificuldades fazem com que muitos desistam de grandes sonhos, pois passam a duvidar da própria escolha. Quase aconteceu comigo, não fosse a sorte de eu ser teimoso “igual uma mula”. Diante de tantos conselhos e apelos do tipo arranje um emprego, tem muita gente fazendo isso ai que você quer fazer, isso não vai dar certo; e blá, blá, blá… Eu continuei, e que saber?
Eu constatei que continuar dá certo!

Acredite. Pois chegará o momento em que a única alternativa para os outros, será acreditar junto!

Um abraço e até o próximo post!

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